Colisão com obstáculos pode causar até amputação, lembra especialista
Cotovelo apoiado na janela do carro, enquanto dirige. A questão é quase que um vício ao volante e extremamente comum de se ver por ruas e estradas. O problema é que, além de ser uma infração de trânsito - com multa de R$ 130,16 e quatro pontos na CNH -, o ato é extremamente perigoso, já que há grande risco de o braço colidir com algum obstáculo. Em 2012, por exemplo, em Pau da Lima, um cobrador de ônibus de ônibus estava com o braço para fora da janela quando, em uma curva, o veículo passou rente a um poste e, com a força do impacto, o homem perdeu o braço.
“ Boa parte das pessoas tem esse hábito, até como uma forma de descansar o braço, apoiando-o na janela e nem se dá conta de que isso é um costume perigoso, pois em vias urbanas, pode haver colisão com motociclistas, placas sinalizadoras de obras, postes... Nas rodovias, onde também é costumeira essa situação e, ainda, as pessoas com o braço totalmente para fora para sentirem o vento, o membro pode colidir, por exemplo, com uma carreta que for passar ao lado”, fala o cirurgião do ombro e cotovelo, Luis Alfredo Gomez.
Na hora de dirigir, mais do que o conforto, manter uma postura adequada auxilia na saúde e segurança dos ocupantes de veículo. O motorista terá, por exemplo, a força necessária nos braços para desviar com rapidez de um buraco, evitar um atropelamento, garantir que o cinto de segurança funcione com eficácia se houver uma colisão, além de reduzir o cansaço do corpo e as dores musculares. “Ao segurar o volante, o cotovelo tem de ficar levemente dobrado, pois braços muito esticados, por muito tempo, podem causar dores no pescoço e nos ombros. O ideal é que as mãos fiquem juntas no alto do volante sem descolar os ombros do banco”, explica.
Ao expor-se a riscos com costumes inadequados, como deixar o cotovelo para fora da janela durante a direção, o especialista lembra as severas consequências que isso pode trazer. “Um trauma pode ter sequelas permanentes e, assim como uma amputação, traz limitações às tarefas que, antes, eram coisas simples de serem feitas, e o afastamento do trabalho – por um período, em casos possíveis de recuperação a médio e longo prazo, ou invalidez, nas situações graves. Então, prevenir sempre será melhor do que remediar”, conclui.
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