Estudos apontaram relação da doença com "ombro congelado"; especialista explica
No mês de novembro, o dia 14 é marcado pelo Dia Mundial da Diabetes, doença que, segundo o Ministério da Saúde, atinge aproximadamente 12,3 milhões de brasileiros. As complicações da doença são diversas e, entre elas, está o risco de uma condição conhecida popularmente como “ombro congelado” ou a capsulite adesiva, na nomenclatura médica, explica o médico cirurgião do ombro e cotovelo, Dr. Luis Alfredo Gomez.
O “ombro congelado” consiste em inflamação no tecido vascularizado dessa região do corpo, resultando em progressiva rigidez articular, com grande perda dos movimentos locais. Estudos apontaram uma relação entre ambos os tipos de diabetes e esse problema no ombro, e os cientistas acreditam que possa ter alguma relação com o excesso de glicose acumulado nessa região do corpo, o que faz com que as fibras de colágeno fiquem "coladas", restringindo os movimentos.
“A evolução do “ombro congelado” pode ser dividida em três fases. Inicialmente, o principal sintoma é a dor forte, que piora com movimentação. Na segunda fase, a de congelamento, ocorre diminuição progressiva dos movimentos e a rigidez torna-se mais incômoda que a dor. Já no terceiro estágio, o ombro vai progressivamente retornando ao seu normal”, fala o médico.
O especialista, credenciado pela SBCOC (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo), fala que, na fase inicial, o tratamento indicado é o uso de anti-inflamatórios para alívio da dor e reduzir a inflamação. “A fisioterapia nesta etapa pode diminuir os impactos da fase do congelamento. A cirurgia só é indicada quando os demais tratamentos não tiveram êxito. Por isso, para um diagnóstico e cuidado correto, é essencial procurar um especialista”, salienta. “Além disso, o fundamental frisar: o controle do açúcar no sangue é um passo importante para conter essa condição”, conclui Dr. Luis.
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