Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Pesquisadores da Austrália, Estados Unidos e Suécia realizaram um estudo que apontam a eficácia de um exame de sangue, desenvolvido na faculdade de medicina da Washington University em St. Louis, no diagnóstico de sinais do Alzheimer.
O levantamento foi feito com indivíduos destes três países e publicado na revista científica “Neurology”. Ela pode representar um divisor de águas na abordagem da enfermidade, como explica o médico e professor de neurologia Randall J. Bateman: “poderemos cortar drasticamente o tempo e o custo para identificar pacientes para testes clínicos e desenvolver novas opções de tratamento”.
Conforme noticiou o G1, o exame desenvolvido pela St. Louis busca identificar se já há placas amiloides se acumulando no cérebro, um indicativo do início da doença. Outro fator de risco é a presença da variante genética APOE4.
Já outro estudo mobilizado por pesquisadores na França e no Reino Unido propõe a criação de uma lista de fatores de risco que estão associados à doença. A equipe de estudiosos analisou casos em dois países e observou que dez patologias surgiram com maior frequência em pacientes que, num prazo de 15 anos, desenvolvem a enfermidade.
O trabalho acompanhou 80 mil pessoas e foi publicado no "The Lancet Digital Health". Dentre as doenças relacionadas com o Alzheimer estaria a depressão, seguida por ansiedade, exposição a estresse severo, perda de audição, constipação, espondiloartrose cervical, perda de memória, fadiga, quedas e perda de peso. Apesar de reconhecer que o trabalho ainda se limita a associações estatísticas, o pesquisador Thomas Nedelec afirmou que as investigações serão aprofundadas para se avaliar se os problemas encontrados são fatores de risco, sintomas ou alertas da doença.
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