A defesa da Precisa Medicamentos se manifestou após a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa na manhã desta sexta-feira (17) (veja mais), na Grande São Paulo. A empresa virou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid por ter intermediado a aquisição de doses da Covaxin entre a Bharat Biotech e o Ministério da Saúde. Foto: Divulgação / Bharat Biotech
Os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso criticaram a ação. “É inadmissível, num estado que se diz democrático de direito, uma operação como essa de hoje. A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão. Francisco Maximiano, por exemplo, prestou depoimento e respondeu a quase 100 perguntas, enviou vídeo com esclarecimentos, termo por escrito registrado em cartório, além de ter sido dispensado de depor por duas vezes pela própria CPI, em 1° de julho e 14 de julho”.
“Portanto, a operação de hoje é a prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo, ao quebrar sigilo de testemunhas, ameaçar com prisões arbitrárias quem não responder as perguntas conforme os interesses de alguns senadores com ambições eleitorais e, agora, até ocupa o Judiciário com questões claramente políticas para provocar operações espalhafatosas e desnecessárias. A CPI, assim, repete o modus operandi da Lava Jato, com ações agressivas e midiáticas, e essa busca e apreensão deixará claro que a Precisa Medicamentos jamais ocultou qualquer documento”, acrescentaram.
A operação foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a CPI solicitar. A CPI também apura supostas "pressões" do governo federal para liberação do imunizante e suspeitas de irregularidades no contrato. A aquisição da vacina foi suspensa.
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