Foto: Betto Jr/ Secom PMS
Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (24), os professores da educação básica na rede particular de ensino da Bahia decidiram manter o indicativo de greve e o não retorno às atividades em modo semipresencial. A decisão foi anunciada nas redes sociais do Sindicato dos Professores no Estado (Sinpro-BA) ainda ontem.
No texto, o Sinpro apela ao governador Rui Costa (PT) e ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), para que suspendam as atividades escolares presenciais, "num esforço que significará a preservação de vidas e da saúde de toda a comunidade escolar, porque esta categoria jamais pensou em si mesma, mas no bem da coletividade". Eles optaram por não deflagrar greve neste momento, o que interromperia também as atividades remotas, mas o indicativo sinaliza que o sindicato pode adotar a medida, caso os gestores e as escolas mantenham a liberação das aulas.
"A categoria considerou o fato de que desde o retorno semipresencial às escolas de Salvador - mesmo sem adesão total sequer das próprias escolas, muitas das quais alegando que entendiam, como nós, que o momento não era apropriado - houve vários casos de Covid-19 nas comunidades escolares. Professores, funcionários e um número significativo de estudantes têm sido diagnosticados com a doença, levando escolas a suspenderem aulas presenciais em diversos momentos. Tudo isso revela que é ainda bastante inseguro o ambiente escolar. Mas, além disto, a observação do crescimento da doença na Bahia e em Salvador, o aumento da ocupação nas UTIs e as declarações do governador e do prefeito de que se atingiu um limite de possibilidades de ampliação do atendimento aos acometidos pela Covid-19 - o que pode indicar um quadro de colapso do sistema de saúde - fizeram com que o medo em relação à doença crescesse e a necessidade de sustentar o não retorno às escolas se tornasse um imperativo", justificam.
Desde o retorno das aulas semipresenciais, o Bahia Notícias noticiou a suspensão de atividades em pelo menos dois colégios: o Anchieta e o Antônio Vieira (veja aqui e aqui).
Diante desse cenários, os professores, já contemplados na execução do Plano Nacional de Imunização, porém sem que tenha havido tempo dos profissionais completarem o esquema vacinal, defendem que o retorno às salas de aula só ocorra quando toda a categoria estiver imunizada, com as duas doses das vacinas contra a Covid-19.
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