por Francis Juliano**Foto: Reprodução / Blog do Anderson
Punições brandas e possibilidade de lucros altos fazem com que quadrilhas se estabeleçam no contrabando. Segundo o chefe da delegacia da Polícia Federal em Vitória da Conquista, no Sudoeste, Flávio Albergaria, as medidas de controle da atividade criminosa são leves, o que dificulta chegar aos líderes, como também penalizar com mais rigor a parte secundária, motoristas, por exemplo.
“Normalmente, a gente lavra o flagrante de um motorista com uma carga de cigarros contrabandeados, e ele é solto no mesmo dia ou no dia seguinte”, declarou ao Bahia Notícias em coletiva de imprensa desta quarta-feira (19). Albergaria disse também que o crime de contrabando chega a ficar próximo ou até igual em lucratividade ao tráfico de drogas. O fato faz com que as organizações criminosas não só se mantenham como fiquem mais poderosas.
“É uma atividade altamente lucrativa, às veze tanto quanto o tráfico de drogas, e esses lucros vão ser canalizados para que essas mesmas organizações fiquem mais robustas e mais fortes”, relatou.
Nesta quarta, a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram a Operação Caravana (ver aqui). Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de Tanque Novo, no Sudoeste. Os alvos são dois comerciantes que seriam líderes de uma organização criminosa.
O grupo teria movimentado em torno de R$ 13 milhões entre 2018 e 2020. A atividade operava com transporte e distribuição de cigarros, bebidas e perfumes provenientes do Paraguai, sem o pagamento de impostos.
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