por Glauber Guerra / Lula Bonfim
Foto: Bahia Notícias
Em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Vitória na manhã deste sábado (15), Paulo Carneiro pediu afastamento temporário como diretor-presidente da empresa Vitória S/A. O mandatário rubro-negro tomou a decisão após pressão de conselheiros, que apontaram a existência de processos judiciais envolvendo a sociedade anônima e o dirigente, gerando conflito de interesses.
Paulo Carneiro figura como acionado em processos em que o Vitória S/A busca ressarcimento financeiro. Em uma das ações, a juíza Fernanda Marinho da Silva Godinho aponta que o dirigente teria forjado um contrato com a empresa para cobrar uma indenização de mais de R$ 800 mil na Justiça (relembre aqui).
O Vitória S/A também pede explicações de Paulo Carneiro sobre três cheques sacados em dinheiro, no valor histórico total de R$ 1.796.850,00 entre os anos de 1998 e 2005, além de três confissões de dívida sem documentos comprobatórios de prestação de serviço no valor de R$ 445.310,04 e um pagamento de bônus a ele mesmo, como dirigente, de R$ 3.730.920,39, sem aprovação dos acionistas.
O Conselho Deliberativo criou, com aprovação de ampla maioria, uma comissão processante, com dez integrantes, para investigar a gestão de Paulo Carneiro. Os conselheiros desejam realizar um “pente fino” na administração do clube.
Mesmo se afastando do Vitória S/A, o dirigente segue presidindo o conselho diretor da associação civil Esporte Clube Vitória, que tem o comando de toda a parte esportiva e administrativa do rubro-negro.
CONTAS DO LEÃO
Uma reunião ordinária também esteve marcada para este sábado, para julgamento das contas do Vitória em 2020. Entretanto, o Conselho Fiscal do clube pediu um prazo de 50 dias para a apresentação de um parecer, apontando que a direção rubro-negra apresentou os documentos financeiros apenas na sexta-feira (14).
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