Patrícia Calderon no casamento e no hospital com o pai, seu José
- Fotos: arquivo pessoal
A gente aplaude pessoas que conseguem transformar a dor em amor para ajudar outras pessoas. E é isso que tem feito a Patrícia Calderon, jornalista que perdeu o pai há menos de dois meses.
Ele foi vítima de uma “doença incurável, implacável, cruel: o Glioblastoma multiforme grau 4 – selvagem, um tumor cerebral difícil de tratar [com] sobrevida ao paciente entre 3 a 15 meses de vida”, contou Patrícia ao Só Notícia Boa.
Depois disso, a jornalista prometeu que faria de tudo para ajudar pessoas que sofrem com câncer cerebral.
‘Meu pai se foi em 19 de março de 2021. Tô aqui vivendo meu luto, um dia de cada vez, transformando dor em amor. Por isso sou embaixadora desta linda causa, junto com Só Vaquinha Boa, para que juntos possamos ajudar crianças com tumores cerebrais”, disse.
O pai
Seu José Calderon Marcos, tinha 75 anos, era autônomo e uma pessoa muito alegre.
Quando teve o diagnóstico da doença, em fevereiro, de 2020, a família começou uma corrida contra o tempo.
“Essas células tumorais se multiplicam em horas, dias, meses, e se tornam difíceis de que uma terapia alvo faça efeito”, contou Patrícia.
Ele recebeu o melhor atendimento que a família conseguiu. Fez cirurgia, quimioterapia, radioterapia e a torcida era para que o tumor não retornasse ainda mais agressivo. Mas a recidiva aconteceu 6 meses após o diagnostico e ele fez a segunda cirurgia em agosto de 2020.
“Meu pai sempre foi um milagre diário. Aos 75 anos, sem comorbidades com outras doenças, ele saia da sala da cirurgia consciente, falando, e com muita vontade de viver. As duas vezes que ele precisou retirar a massa tumoral, os médicos eram enfáticos que ele poderia ter sequelas graves como perda da fala, visão, movimentos , cognição, deglutição. No caso dele, isso nunca aconteceu”, lembrou Patrícia Calderon.
Mas um ano depois do diagnóstico, quando tudo parecia bem, ele começou a ter convulsões e uma ressonância magnética mostrou a segunda recidiva, “desta vez mais traiçoeira, com células tumorais infiltradas em áreas nobres do cérebro, e sem chance de uma nova cirurgia. O médico foi enfático, não tinha mais nada a ser feito”.
“Durante um ano e um mês, fui cuidadora do meu pai, junto com a minha mãe e irmã. Moro no Ceará, eles em São Paulo. Vivi os últimos meses na ponte aérea”, disse a filha.
E hoje, o que Patrícia guarda do pai são o amor e os ensinamentos: “Meu pai me ensinou caráter, honestidade, empatia”.
E ela fez uma promessa quando ele partiu: “Prometi pra ele, no leito de morte, que eu tentaria fazer a diferença neste mundo e não queria ver mais ninguém sofrendo com tumores cerebrais”.
Vaquinha Zika-câncer
E desde o mês passado, quando lançamos a vaquinha Zika-câncer do Só Vaquinha Boa, Patrícia abraçou a causa, tem postado nas redes sociais dela e feito contato com amigos anônimos e famosos para que também ajudem. Mais https://www.sonoticiaboa.com.br
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