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quinta-feira, 20 de maio de 2021

Confederação Brasileira de Voleibol é alvo de operação do MP-RJ contra fraude tributária

Ex-presidente da CBV, Ary Graça é alvo da operação | Foto: Divulgação / CBV
Confederação Brasileira de Voleibol e dirigentes são alvos de operação, nesta quinta-feira (20), contra fraude tributária milionária em Saquarema, no Rio de Janeiro. A força-tarefa envolvendo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil do RJ afirma que dois pequenos escritórios abrigavam mais de mil empresas-fantasma que usufruíam de benefícios fiscais ilegais, concedidos pelo então prefeito Antonio Peres Alves. As firmas recebiam valores da entidade esportiva para a prestação de serviços que nunca foram realizados.

Foram expedidos 14 mandados de busca e apreensão pela 10ª Vara de Saquarema, mas não pedidos de prisão. A Justiça também bloqueou R$ 52 milhões dos envolvidos. O ex-presidente da CBV e atual presidente da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), Ary Graça Filho é um dos alvos de busca da força-tarefa. Na casa dele, os agentes apreenderam 20 mil dólares e R$ 15 mil em espécie. Além dele, o ex-prefeito de Saquarema, Antonio Peres Alves, sua esposa, Manoela Peres, que atualmente é prefeita do município também são alvos. Atual diretor-geral da FIVB e ex-dirigente da CBV, Fábio André Dias Azevedo é outro que está na lista dos agentes. A sede da CBV e a Cidade do Vôlei foram outros locais visitados pela força-tarefa.

O caso está sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP) e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil fluminense. De acordo com os trabalhos, durante o mandato de prefeito entre 2000 e 2008, Antonio Peres Alves editou leis complementares concedendo benefícios fiscais, isto é, baixo o custo da abertura de empresas para sua cidade. Segundo a denúncia, Ary Graça Filho manejava recursos de patrocínio do Banco do Brasil em favor de si próprio e do grupo de criminosos fechando contratos com as novas empresas, que não tinham pessoal e estavam em sedes fictícias.

A CBV divulgou nota informando que prestou auxílio aos agentes durante a ação na sede e que, caso os prejuízos sejam comprovados, tomará medidas para o ressarcimento dos valores.

"Funcionários da confederação prestaram todo o auxílio às autoridades policiais que buscavam documentos relativos a um suposto esquema de fraude tributária que teria contado com o auxílio do ex-presidente da CBV, Ary Graça Filho. De acordo com as investigações, a CBV teria sido vítima dos seus então dirigentes, que teriam criado contratos fictícios para desviar dinheiro da instituição. A atual gestão da confederação cooperará integralmente com a investigação e, se forem comprovados prejuízos financeiros à CBV, tomará todas as medidas necessárias para que estes valores sejam integralmente ressarcidos à comunidade do voleibol", diz um trecho do comunicado.

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