Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira (13) o uso emergencial de mais um medicamento contra a Covid-19. A solicitação para uso emergencial foi feita no dia 30 de março.
Segundo o portal G1, o medicamento, desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, usa a combinação de dois anticorpos monoclonais, o banlanivimabe e etesevimabe. Os anticorpos são versões das defesas naturais do corpo fabricadas em laboratório com o objetivo de combater infecções.
Os anticorpos tem como alvo a proteína espicular S do SARS-CoV-2. O tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos com 12 anos ou com no mínimo 40 kg que não precisam de suplementação de oxigênio. E não é recomendado para pacientes graves.
O tratamento deve ser iniciado assim que possível após o paciente testar positivo para o SARS-CoV-2 e dentro de 10 dias do início dos sintomas. Os medicamentos devem ser administrados juntos por infusão intravenosa. O uso é restrito a hospitais e a venda é proibida ao comércio. Já a incorporação do medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) depende da avaliação do Ministério da Saúde.
Segundo a Anvisa, o tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio, com infecção por SARS-CoV-2 confirmada por laboratório e que apresentam alto risco de progressão para Covid-19 grave.
O tratamento não é recomendado em casos graves. "Anticorpos monoclonais como banlanivimabe + eteasevimbe podem estar associados a piora nos desfechos clínicos quando administrados em pacientes hospitalizados com Covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica", alerta a Anvisa.
Ainda segundo o G1, a diretora Meiruze Freitas, relatora do processo que concluiu por autorizar o uso emergencial da associação banlanivimabe + etesevimabe, explicou que a decisão da Anvisa se orienta pela ponderação dos potenciais benefícios para a saúde pública em comparação aos eventuais riscos decorrentes da atuação sanitária.
“A expectativa com a autorização de uso emergencial e experimental de medicamentos contra a Covid-19 é sempre ampliar as opções terapêuticas e, principalmente, aliviar a carga em nosso sistema de saúde, diminuindo o agravamento das condições clínicas de pacientes com Covid-19 e o risco de morte”, explicou.
A Anvisa informou que o preço do medicamento será discutido na reunião do Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, prevista para o dia 27 deste mês.
Este é o terceiro medicamento aprovado pela agência. Em março, a Anvisa anunciou o registro do antiviral remdesivir. Em abril, o coquetel Regn-CoV2, que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe também foi aprovado para uso emergencial no Brasil.
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