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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta terça-feira, 9, que a decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), de anular todos os processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da força-tarefa em Curitiba, precisa ser “decantada”.
“Ainda tem muita espuma nesse chope, tem de ser decantado. Tem muita gente fazendo análise prospectiva por mera extrapolação de tendência. Não se faz análise prospectiva assim. Então, tem de esperar todas as consequências, decorrências”, opinou Mourão.
Mourão disse “não ser possível nem afirmar” que Lula ou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vão concorrer nas eleições de 2022. “Então, tem de aguardar isso aí”, pontuou o general.
Questionado se o governo havia sido pego de surpresa com a decisão monocrática de Fachin, Mourão disse não saber. Mas não deixou de criticar Lula ao assinalar que os homens públicos têm que se pautar pelo exemplo de vida dos brasileiros.
“O povo brasileiro é constituído de maioria de homens e mulheres de bem, igual a vocês, que acordam de manhã cedo para trabalhar o dia inteiro, que se espreme em ônibus e trens apertados. Muitos vendem o almoço para ganhar o jantar. Outros com salários que não são compatíveis com a dignidade da vida dessas pessoas”, apontou Mourão.
“Mas todos, sem exceção, procuram se basear em princípios da ética, da moral, dos bons costumes, respeito à honestidade, integridade e probidade das pessoas”, frisou.
E continuou: “Então, independentemente da chicana política que seja feita – anula processo, anula prova –, a realidade é a seguinte: contra fatos não há argumentos. Então, é isso que a gente vai aguardar que aconteça”. (A Tarde)
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