Foto: Reprodução / Facebook
A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) após o presidente Jair Bolsonaro ler uma suposta carta de suicídio durante uma live, na última quinta-feira (11). O material foi usado por ele para criticar as medidas restritivas impostas por prefeitos e governadores no enfrentamento à pandemia. www.bahianoticias.com.br
Segundo informações da coluna de Lauro Jardim, do O Globo, a parlamentar argumenta que o chefe do executivo federal deve ser investigado com base em um artigo do Código Penal que tipifica como crime "induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça".
Na representação, Tabata defende que "o ato de induzir, que parece se amoldar melhor à situação narrada, significa 'dar a ideia a quem não possui, inspirar, incutir'". “Em outras palavras, comentar uma carta de suicídio por uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, detalhando-a e elencando os motivos pelos quais um indivíduo tirou sua própria vida, sobretudo em um momento de aguda crise econômica e sanitária, pode fomentar a possibilidade de suicídio a milhares de pessoas que jamais consideraram essa hipótese como solução para os problemas que enfrentam”, diz a deputada.
Questionado sobre a atitude de Bolsonaro de ler a carta que chegou a ser atribuída a um baiano, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, rechaçou a postura do presidente. "Por que não volta com auxílio, não dá apoio aos empresários reduzindo salários? Quem pode fazer isso é o governo federal, que tem condições de emitir moeda, furar teto de gastos, se endividar. Essa carapuça eu não irei vestir", disse o gestor municipal (saiba mais).
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