O ex-presidente, que ficou preso 580 dias por corrupção e lavagem de dinheiro, fez o primeiro discurso após decisão do ministro Edson Fachin
Fonte: Metrópoles**Foto: Amanda Perobelli / Reuters
Pela primeira vez após ter tido as condenações anuladas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um discurso, seguido de entrevista coletiva. A manifestação do petista ocorre nesta quarta-feira (10/3), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Antes de fazer o pronunciamento, subiu ao palco Wagner Santana, presidente do sindicato, pouco depois das 11h. Ao abrir o discurso, Lula disse esperar que todos estivessem de máscara. “Espero que todo mundo esteja de máscara, esteja se cuidando e que brevemente todos vocês tomem vacina.”
O ex-presidente lembrou o tempo em que esteve preso e afirmou que se entregou contra a vontade, mas não iria aparecer como fugitivo. “Como eu tinha clareza das inverdades contadas sobre mim, tomei a decisão de provar a minha inocência dentro da sede da PF, perto do juiz [Sergio] Moro”, disse.
Lula afirmou que, agora, a Lava Jato ficou para trás na vida dele, mas não sem dizer que foi “vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história”.
O petista afirmou também que tem razão para ter “muitas e profundas mágoas”. “Mas não tenho. Não tenho porque o sofrimento que as pessoas pobres estao passando é infinitamente maior do que qualquer crime que cometeram contra mim”, disse, em relação à crise no Brasil provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Durante quase uma hora e meia de discurso, Lula criticou a gestão de Jair Bolsonaro (sem partido) frente à crise provocada pelo novo coronavírus, defendeu a ampla vacinação da população contra a Covid-19 e agradeceu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.
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