A pesquisa mostra que a reprovação ao governo do presidente cresceu. 44% classificaram a gestão como ruim ou péssima
Metrópoles**Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (17/3) pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que a rejeição ao trabalho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão da pandemia da Covid-19 disparou ao maior nível desde que a crise sanitária começou, há um ano.
Segundo o Datafolha, 54% dos brasileiros avaliam a atuação do chefe do Executivo como ruim ou péssima. Na pesquisa passada, realizada em 20 e 21 de janeiro, 48% reprovavam o trabalho de Bolsonaro na pandemia.
O levantamento foi realizado entre os dias 15 e 16 de março, na semana em que foi apresentado o quarto ministro da Saúde do governo Bolsonaro. O médico Marcelo Queiroga vai substituir o general Eduardo Pazuello.
O índice daqueles que acham a gestão da crise ótima ou boa passou de 26% para 22%, enquanto quem a vê como regular foi de 25% para 24%. 1% não opinou.
Entre os entrevistados, 43% consideram o presidente o principal culpado pela fase crítica da pandemia que já vitimou mais de 280 mil no país e que causou um colapso nacional do sistema de saúde, devido ao pico de infecções.
Já os chefes dos Executivos estaduais, que têm adotado medidas mais rígidas de isolamento social e têm sido criticados pelo governo federal, são vistos como culpados por 17%. Prefeitos ficam com 9% das menções.
A pesquisa ouviu 2.023 pessoas nos dias 15 e 16 de março por telefone, em razão das limitações motivadas pela pandemia de Covid-19. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Avaliação do governo
A pesquisa também mostrou que cresceu a reprovação ao governo de Jair Bolsonaro. De acordo com o levantamento, 44% dos entrevistados classificaram o governo como ruim ou péssimo — eram 40% na pesquisa anterior, realizada entre 20 e 21 de janeiro.
Os que consideravam o governo ótimo ou bom eram 31% e agora são 30% e os que julgavam regular eram 26% e agora são 24%, segundo o instituto.
Bolsonaro se aproxima agora da má avaliação recordista, desde 1989, para um presidente eleito em primeiro mandato. No mesmo ponto do mandato, em 1992, Fernando Collor (PRN) era rejeitado por 68% e tinha 21% de avaliação regular. O índice de apoio, porém, era menor que o registrado por Bolsonaro: 9%.
Neste estágio do mandato, todos os outros chefes do Executivo – Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) – se saíram melhor que o atual mandatário.
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