Foto: Reprodução
O advogado de Alan Pereira Reis, 22 anos, que confessou ter matado a namorada, a Fernanda Souza Silva, 33, disse que seu cliente relatou ameaças e agressões enquanto estava preso. Pitter Johnson disse que o jovem escreveu em bilhetes que havia levado uma surra e que os agentes prisionais incentivavam os atos de violência. A Polícia Civil e a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) apuram o caso.
Alan foi encontrado morto na manhã deste sábado (22), em uma cela do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. No entanto, segundo Johnson, as ameaças foram feitas enquanto ele ainda estava preso na cadeia de Bela Vista de Goiás, o que demandou a transferência, ocorrida na noite de sexta-feira (21).
De acordo com o advogado, na quinta-feira (20), durante encontro com Alan, ele relatou, em bilhetes, que era agredido. O defensor diz que o jovem não quis conversar porque alegou estar sendo monitorado.
Em um dos trechos, Alan diz: “Ele quer me matar ainda hoje”. No entanto, não diz quem. Em outro, ele alega que se contasse da surra, seria morto e que “por baixo da roupa estou todo arrebentado”.
Alan, segundo Johnson, também escreveu que os policiais ficam “incentivando os presos a acabarem” com ele. Por fim, anota que se fosse questionado sobre as lesões “é para falar que foi queda no banheiro”.
O advogado disse que, com base nessas informações, pediu a transferência dele de Bela Vista de Goiás para Aparecida de Goiânia. Ele afirmou que não é possível acusar ninguém, mas pediu uma investigação empenhada no caso.
“[Os bilhetes] demonstram que ele estava sendo perseguido. Eu quero que haja uma investigação séria porque tinha essas ameaças que foram relatadas, eu confio na polícia e na justiça que seja uma apuração séria, mas não tenho certeza de nada, seria até leviano da minha parte acusar sem provas”, afirmou.
Em nota, a DGAP informou que abriu um procedimento interno para apurar a morte e que ele estava sozinho em uma cela. Destacou ainda que a polícia também apura o caso.
A delegada regional de Aparecida de Goiânia, Cybelle Tristão, disse que é preciso aguardar os laudos para saber o que provocou a morte de Alan.
“A conclusão depende, de maneira imprescindível e fundamental, do laudo de local de crime, que com certeza será entregue após o feriado de carnaval ao GIH”, afirma. Fonte G1
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