> TABOCAS NOTICIAS : Vacina do futuro será autoaplicável e 'enviada pelo Correio', aponta cientistas

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Vacina do futuro será autoaplicável e 'enviada pelo Correio', aponta cientistas

Imagine só a seguinte situação: você quer tomar uma vacina contra a gripe. Mas em vez de procurar o posto de saúde mais próximo, ou mesmo aquela clínica particular que vai cobrar um valor considerável pelo procedimento, você faz uma compra on-line, recebe a dose e uma seringa com microagulha pelo correio e aplica em si mesmo o produto. Simples? Sim. Impossível? 

Na verdade, não. Pelo menos é isso que querem mostrar cientistas da área de imunologia. Um grupo de 14 pesquisadores de universidades americanas, canadenses e israelenses publicou nesta quarta-feira (12) um artigo no periódico científico "Science Advances" explicando a tecnologia – que, no estudo, foi feita para uma cepa letal de gripe, mas que na vida prática poderia ser aplicada a outros tipos de vacinas. 

Os pesquisadores criaram um medicamento para injeção intradérmica – ou seja, na pele, entre a derme e a epiderme –, o que facilita muito o esquema self-service: essa aplicação é fácil e pode ser feita mesmo que a pessoa não tenha nenhum conhecimento médico. 

A maioria das vacinas hoje é aplicada com injeção subcutânea, que atinge camadas mais profundas do tecido e, por isso, só pode ser administrada por alguém com conhecimento médico. 

As vacinas contra a gripe, por exemplo, são aplicadas no músculo deltoide, que recobre o ombro. Para adultos, usa-se uma agulha que pode chegar a 3,8 centímetros de comprimento. 

O método desenvolvido pela equipe atingiu bons resultados tanto em furões - usados para verificar a eficácia dos medicamentos – quanto em humanos, mesmo quando foi testada uma das variedades mais nocivas do vírus da gripe. 

O procedimento, conforme explica o artigo, é todo feito sem o auxílio de um profissional. Pelo mecanismo, o aplicador utiliza uma microagulha que, a partir da pele, pode penetrar nos tecidos profundos ou vasos sanguíneos.

O artigo ainda lembra que, mais do que mutirões para aplicar vacinas, um grande desafio enfrentando em períodos críticos, de pandemias, é justamente a produção e a distribuição das vacinas - e a autoaplicação facilitaria a disseminação dos agentes imunológicos na população. G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário