Um exemplo de como a alta do dólar pode afetar a vida dos consumidores é o aumento do pão francês e dos derivados do trigo. Em Palmas, o preço do pãozinho pode ser encontrado por até R$ 9,99 o quilo e em alguns casos está mais caro do que um quilo de carne. Isso acontece justamente porque o trigo utilizado pelas indústrias de alimentos do Tocantins vem, principalmente, da Argentina e a moeda nessa negociação é a americana.
Se o consumidor quiser comprar outro tipo de pão o valor pode ficar ainda mais salgado. O pão de forma, por exemplo, é encontrado a R$ 5,29. Se for integral, com fibra e cereais o pacote pode custar até R$ 11,49. O produto está mais caro, por exemplo, que alguns tipos de carnes, como a costela bovina (R$ 9,90) e o fígado (R$ 8,90).
“Com a alta da moeda, obviamente, o produto que vai chegar à mesa do consumidor vai ter os mesmos aumentos que teve a moeda americana. Então se o dólar aumenta, o pãozinho, a bolacha, o macarrão e o próprio trigo vão ficar mais caros”, explica o economista Igor de Sousa Franco.
Em uma indústria de Palmas, uma tonelada de trigo era comprada por R$ 2.440 em 2014, mas neste ano o valor quase dobrou. "Em setembro do ano passado o dólar estava cotado em R$ 2,44. Na última importação feita, na sexta-feira passada, nós pagamos o dólar a R$ 4,12, que é um aumento na ordem de 62%", afirma o empresário Pedro Costa. Ele aponta ainda que o custo da energia e do frete da importação, por causa dos aumentos nos combustíveis, contribuem para o preço do pão.
Para o economista, uma medida pode ser tomada para tentar economizar. "O jeito é procurar onde esses produtos estão mais baratos. Porque o comerciante que estocou o trigo antes do aumento do dólar tem condição de vender mais em conta. Então bater perna um pouco vale a pena." Foto: Reprodução/TV Anhanguera*Fonte: G1 TO/TV Anhanguera
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