Mulheres que têm mais de 35 anos devem ativar o sinal de alerta para o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo: o câncer de mama, que responde por 22% novos casos a cada ano. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registrou, até ontem (28), 540 óbitos por neoplasia maligna da mama no sexo feminino. Constam nos registros da secretaria 1.490 internações por câncer de mama neste ano. As taxas de mortalidade continuam elevadas no Brasil, e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que sejam diagnosticados mais 57 mil novos casos, sendo 10,5 mil no Nordeste e 2.560 na Bahia.
No estado baiano, a doença costuma atingir com mais incidência mulheres entre 40 e 60 anos. Do total de 3.030 internações registradas pela Sesab em 2014, 1.655 estavam nessa faixa etária. O ano de 2013 terminou com uma taxa de mortalidade de 9,7 para cada 100 mil mulheres. Este ano, os dados computados até ontem dão conta de uma taxa de 7,1.
Os dados da doença no país ainda são elevados devido à descoberta tardia do câncer. Diagnosticado ainda em seu estágio inicial, o tratamento do câncer de mama tem 95% de chance de cura. A sociedade Brasileira de Mamografia recomenda mamografia anual para todas as mulheres a partir dos 40 anos. De acordo com a recomendação do INCA, mulheres de risco familiar deve realizar o exame, de 2 em 2 anos, partir dos 35 anos.
Segundo a oncologista do Instituto de Oncologia AMO/Hospital da Bahia, Vanessa Dybal, existem fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença, como exposição excessiva ao tabagismo, hormônios femininos, falta de atividade física e obesidade. “Menos de 10% dos tumores malignos da mama são de causa hereditária ou genética e, em relação a fatores alimentares, não foi comprovadamente relacionado como fator causal da doença”, explica.
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