REDAÇÃO ÉPOCA
O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli (Foto: Adriano Machado / Editora Globo)
Dez lobistas – apontados por Pedro Barusco e Renato Duque, delatores na Operação Lava Jato – visitaram a Petrobras mais de 1,8 mil vezes entre 2000 e 2014, informou neste sábado (2) o jornal O Estado de S. Paulo. A estatal anexou ao inquérito principal da Lava Jato na quinta relatório que mostra visitas dos supostos operadores do esquema de corrupção na empresa.
Barusco, na delação premiada, citou os nomes de Mario Góes, Zwi Zcorniky, Guilherme Esteves de Jesus, Milton Pascowitch, Shinko Nakandakari, Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, Atan de Azevedo Barbosa, Bernardo Freiburghaus, Augusto Amorim Costa, Cesar Roberto Santos Oliveira e João Vaccari Neto, este último ex-tesoureiro do PT. Eles, segundo relato do delator, são “autênticos representantes dos interesses das empresas corruptoras nos pagamentos das vantagens indevidas”. Vaccari, no entanto, não aparece no relatório da Petrobras sobre visitas.
O documento de visitas mostra, além do nome do visitante, identidade e data e hora de entrada e saída, o nome do visitado. Aí aparecem Renato Duque e Pedro Barusco, ex-diretor de Serviços e seu braço direito, José Sergio Gabrielli e Graça Foster, ambos ex-presidentes da companhia, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, Nestor Cerveró e Jorge Zelada, ambos ex-diretores de Internacional, Ildo Sauber, ex-diretor de Gás e Energia, e Lima Glauco Legatti, ex- gerente da refinaria de Abreu e Lima.
Os executivos foram procurados pelo jornal, mas não foram localizados ou não quiseram se posicionar sobre as visitas feitas por supostos operadores do esquema de propinas. RCN
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