A tendência de que a inflação alcance o centro da meta do governo, de 4,5%, ao final de 2016, tem se fortalecido, segundo o Banco Central. Segundo o órgão, no entanto, os avanços alcançados no combate à inflação ainda não se mostraram suficientes.
A avaliação está na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, divulgada nesta quinta-feira (7). Na reunião, realizada na semana passada, o BC elevou para 13,25% a taxa básica de juros, a Selic.
No documento, o BC aponta que a inflação tende a permanecer elevada em 2015. Esse patamar elevado reflete, em grande parte, os efeitos do realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais e o realinhamento dos preços administrados (os que tem reajuste determinado, como contas de água e luz) em relação aos livres.
"O Comitê considera ainda que, desde sua última reunião, entre outros fatores, esses ajustes de preços relativos na economia tornaram o balanço de riscos para a inflação desfavorável para este ano. (...) Ao tempo em que reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impactos diretos sobre a inflação, o Comitê reafirma sua visão de que a política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes, para circunscrevê-los a 2015".
Crédito e emprego
O Copom vê, em suas notas, um desaquecimento no mercado de trabalho, mas aponta que "prevalece risco significativo" relacionado a aumentos de salários "incompatíveis com o crescimento da produtividade, com repercussões negativas sobre a inflação". "O Comitê avalia que a dinâmica salarial ainda permanece originando pressões inflacionárias de custos", diz o texto.
No crédito, o BC vê riscos menores de influência sobre a inflação, por conta da expansão mais moderada. Mas considera necessárias "iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito". Fonte: Com informações do G1
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