Quem sabe o que quer, caminha com segurança, dá passos firmes e geralmente não pára na estrada da vida, mesmo que tropece e, às vezes, até caia. Se tem um sentido, uma meta a ser alcançada, encontra-se forças para se levantar e continuar caminhando. Conheço um provérbio que diz: “Para o barqueiro que não sabe aonde quer chegar, nenhum vento lhe é favorável”.
Eu diria: quem não tem um sentido na vida, dificilmente consegue ver os benefícios que lhe são oferecidos todos os dias, em cada situação, e quase nada lhe parece favorável.
Por outro lado, quem sabe o que quer, não perde tempo lamentando-se, remoendo mágoas de dias passados. Sua meta é o futuro e sabe que para chegar lá precisa viver muito bem o presente; já descobriu que é hoje que construímos o ''alicerce'' da casa que iremos morar amanhã.
Comecei a escrever, pensando no sentido que cada um tem ou deve ter na vida... Mas é fim de tarde e o pôr do sol que vejo, por entre as casas, leva-me a contemplar o presente.
Compreendo que é amando e vivendo bem o hoje, que expresso o sentido de minha vida, não preciso falar muito, mas sim, viver...
Cada vez tenho mais certeza de que o tempo mais valioso é o presente e sua preciosidade está justamente no sentido de ser único, uma vez que o passado não volta mais e o futuro não sabemos se virá.
Faço minha a oração de Santa Terezinha do Menino Jesus: "A minha vida é um instante, uma hora que passa, é um momento que rapidamente escapa de minhas mãos e se vai. Tu sabes, meu Deus, que para amar-te aqui na terra não tenho outro momento a não ser o dia de hoje" (Tereza de Lisieux,1996).
Vivamos bem o hoje e sigamos em frente com os olhos fitos na meta, sem nos esquecermos de que os ventos do Espírito são favoráveis a quem sabe o que quer.
É na vida que a vida acontece!
A vida se constrói na prática e não apenas na teoria.
Muitas vezes, na vida, a gente tem que aprender a conviver com a insatisfação, nem tudo é do jeito que queremos e, se ficamos apenas à espera da perfeição idealizada, podemos cair na loucura de ausentar a vida de si mesma, ou seja, de excluir dela particularidades que lhe são essenciais.
A vida é marcada por contrariedades, somos o que podemos e não o que queremos, amamos como somos capazes e não como desejamos. Sonhamos alcançar metas de determinadas formas e nem sempre conseguimos. Vivemos em um constante processo de perdas e ganhos, de vitórias e derrotas, isso é próprio do ser humano. Pena que nem sempre sabemos lutar com o imperfeito que temos e somos, assim, ficamos à espera de coisas perfeitas, enquanto que a vida vai acontecendo em meio às precariedades que lhe são próprias.
Quem espera muito a perfeição, acaba por ficar a vida inteira esperando, esperando... e assim deixa de viver, tornando-se apenas alguém que assiste a vida e não a vive.
Viver bem significa ser personagem e não somente espectador, a vida se constrói na prática e não apenas na teoria, e se estabelece vitoriosa quando saímos da janela e entramos em cena.
É claro que não podemos escolher o mal, pois se assim o fizermos, teremos como fruto derrotas e frustrações, e o que é pior, de maneira voluntária e consciente.
Você é convidado a viver, a tentar, a errar e acertar, a construir sua própria história, você é convidado a viver e não somente a assistir... "Perdedor não é aquele que erra, mas o que desiste por medo de tentar".
Ninguém tem o direito de manipular a vida do outro, pois a cada um são reservadas determinadas experiências; as experiências dos pais não vão se repetir na vida dos filhos, cada um precisa trilhar seu próprio caminho.
Por isso, um amor que aprisiona é um amor doentio, pois ausenta o outro da realidade que lhe é mais singular e fundamental na vida, que é liberdade de tentar, de escolher, de errar e acertar, enfim, de ser gente. Um pai que ama aprisionando, sem deixar o filho viver as próprias experiências, corre o risco de lhe fazer um grande mal, o qual poderá tornar-se irreversível. Entenda-se bem, cuidar, sim; aprisionar, não.
Somos convidados a viver e não somente a idealizar. Cada um precisa escrever, na pauta da própria vida, o enredo de sua própria história, sem ficar esperando que "num passe de mágica" a vida se transforme na perfeição idealizada.
Entre na vida sem temor, por mais imperfeita que ela seja, e você fará a experiência de enxergá-la de outra maneira, descobrindo a beleza que existe na fragilidade e no ato imperfeito.
É na luta cotidiana que desbravamos nossa essência e descobrimos o que somos diante de Deus, são as experiências que aventuramos que nos revelam o "para quê" fomos criados, é na vida que a vida acontece!
Fico por aqui, pois sei que há muita vida para se viver, muita gente para amar, perdoar, acompanhar, para você e para mim, e o restante, as reticências da prática irão nos ensinar.
(partes de autor desconhecido)
Fique na paz!
sua irmã,
Maria Daisy/http://mdaisyhonorio.blogspot.com.br
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