O governo queniano congelou pelo menos 86 contas bancárias de pessoas e empresas acusadas de financiar as atividades terroristas do grupo islâmico Al Shebab, informou o ministro das Finanças do país nesta quarta-feira (8). A medida pretende cortar o financiamento do grupo Al Shebab, por meio do congelamento das contas bancárias de 13 empresas de envio de dinheiro, muito usadas pela comunidade somali no Quênia, informou o jornal local The Star, citado pela agência espanhola EFE. O grupo extremista assassinou, na última quinta-feira (2), 148 pessoas na Universidade de Garissa. Duas das empresas acusadas, a Muhuri e a Haki Africa, fizeram contato com o jornal para negar qualquer vínculo com o grupo. Elas asseguraram que os seus objetivos corporativos passam pelo desenvolvimento local e pela defesa dos direitos humanos. De acordo com a Agência Lusa, as autoridades quenianas adotaram a medida um dia depois de vários políticos do Nordeste do país terem prometido revelar os nomes dos supostos financiadores do Al Shebab na Garissa e em outras cidades que fazem fronteira com a Somália. O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, pediu no sábado (4) a colaboração da comunidade muçulmana para combater os extremistas que se escondem entre eles e usam o Islã para as ações. Kenyatta tinha avisado que as operações antiterroristas são complexas porque “os que planejam e financiam essa brutalidade estão muito enraizados” nas comunidades do Quênia. BN
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