O adolescente que foi queimado vivo por declarar-se cristão, faleceu nesta quarta-feira em um hospital de Lahore (Paquistão) após ter perdoado os extremistas muçulmanos que o atacaram.
O fato ocorreu no dia 10 de abril quando Nauman atravessou a rua com uns jovens muçulmanos desconhecidos que iam em direção à mesquita. Eles detiveram Nauman e ao perceber que era cristão o atacaram a golpes e jogando gasolina sobre o seu corpo atearam fogo e fugiram.
“Os jovens que me agrediram eram uns perfeitos desconhecidos. Começaram a me agredir quando souberam que eu era cristão. Tentei escapar, mas me perseguiram e jogaram gasolina em mim”, declarou o adolescente à polícia. O adolescente teve 55 por cento do corpo queimado.
Os médicos esperavam a recuperação de Nauman, pois na terça-feira ele foi operado. Mas, lamentavelmente, ele faleceu nesta quarta-feira de manhã.
“Estou muito impactado de ter que anunciar uma notícia tão triste. Nauman Masih, o menino de 15 anos atacado por muçulmanos no Paquistão, que se ofenderam pela sua aderência à fé cristã, morreu esta manhã”, informou site da associação cristã anglo-paquistanesa (BPCA) em sua página Web.
O BPCA indicou que o hospital onde internaram a Nauman “não tinha uma unidade especial para queimados e não houve a possibilidade de transladá-lo a outro hospital”. Nauman “sofreu com valentia e falou do perdão aos seus agressores. Morreu como um mártir e sem dúvida está hoje com o Senhor”.
“Por favor, rezem pelos seus familiares, que tiveram cinco dias de extrema angústia e para que as autoridades procurem a justiça”, expressou.
Após o seu acidente, Nauman teve a oportunidade de contar seu caso à advogada Gulnar Gill, do Tribunal Superior do Lahore, uma região onde os cristãos são vítimas de extremistas muçulmanos.
Em março desde ano, o grupo talibã paquistanês Jamaat-ul-Ahrar atacou duas igrejas cristãs em Lahore, deixando 80 pessoas feridas e 14 mortas, entre eles Akash Bashir, um jovem salesiano de 19 anos que se lançou contra o atacante para evitar a morte dos fiéis da sua paróquia.
Do mesmo modo, em novembro de 2014 um grupo de cem muçulmanos queimaram vivos em Lahore um casal de jovens cristãos, acusando-os de ter, supostamente, queimado algumas páginas do Alcorão. O nome dele era Shahzad, tinha 26 anos de idade. Sua esposa, Shama, tinha 24 anos e estava grávida. Fonte: Acidigital
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