Do UOL, em São Paulo*Getty Images
No Brasil, a doação de leite materno é altruísta e a comercialização é proibida
Prática comum nos Estados Unidos e no Reino Unido, a venda de leite materno na internet apresenta riscos graves para a saúde infantil e precisa de urgente regulamentação. É o que defendem médicos em um editorial publicado no periódico britânico "British Medical Journal".
Ao contrário do que acontece no Brasil, os bancos de leite desses países comercializam o leite e, no comércio on-line, é possível encontrar preços mais baixos. Nas instituições regulamentadas, é preciso desembolsar até US$ 4 por 30 ml do alimento.
As mães que vendem o leite na internet conseguem oferecê-lo a custo mais baixo, pois não gastam com processos de pasteurização e testes para verificar se o alimento está livre de contaminação.
Como não há nenhuma garantia com relação à coleta, ao armazenamento e ao transporte, que podem resultar em contaminação, os especialistas defendem que esse comércio seja regulamentado.
Para ser seguro para o consumo, todo leite materno deve ser pasteurizado e passar por uma série de testes para verificar a presença de vírus e bactérias que transmitem doenças, como hepatite B e C, HIV e sífilis.
No editorial do periódico, os especialistas citam diversos estudos. Um deles analisou 101 amostras de leite comprados on-line, sendo que apenas nove não apresentaram bactérias. Outra pesquisa revelou que 25% das amostras de leite foram entregues com mau acondicionamento, descongelado e contaminado.
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