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O Itaú Unibanco não pretende vender suas ações na XP. Segundo o jornal Estado de S.Paulo, mesmo entre farpas e ofensas após uma campanha expor a relação, o Itaú estaria satisfeito com o investimento na XP, diz uma fonte próxima ao banco. Reconhecido por seu talento em selar bons negócios, a corretora foi sua 27ª aquisição e a maior da gestão de Candido Bracher, que no fim deste ano atinge idade limite para chefiar a instituição.
Antes da arena que se transformou a relação da XP com o seu maior acionista, a corretora assistiu o seu o valor de mercado saltar de R$ 12 bilhões para mais de R$ 130 bilhões após a entrada do banco.
Embora Guilherme Benchimol, fundador e CEO da XP, e como outros executivos, terem recomendado que o Itaú se desfaça de sua participação, caso não esteja satisfeito com o negócio, o banco não quer se desfazer da sua parte no "concorrente"no curto prazo.
Nos bastidores, interlocutores do banco tem afirmado que reconhece o "talento" da liderança da XP, mas que "modelos perfeitos" envelhecem e que o potencial de um negócio está na sua capacidade de se transformar. E essa ainda seria sua visão em relação à corretora.
A briga entre os entes teve início na semana passada com uma campanha publicitária em que o Itaú jogou luz sobre a remuneração dos assessores de investimentos (leia aqui). Sem citar a concorrente, a propaganda veiculada em horário nobre na TV Globo, sinalizou que exatamente o que fez a corretora chegar até aqui, pode não ser mais garantia de seu sucesso no futuro: os agentes autônomos.