Foto: Marcos Santos / USP Imagens
A baixa qualidade dos serviços oferecidos à população está retendo avanços e melhorias na saúde, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (5) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Banco Mundial e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em inglês). Diagnósticos imprecisos, erros médicos, tratamentos inapropriados ou desnecessários, uso inadequado e pouco seguro de instalações clínicas e profissionais sem treinamento adequado e com pouco conhecimento prevalecem em todos países, alertou a OMS, por meio de comunicado.
Segundo a Agência Brasil, o relatório aponta que a situação é pior em países de baixa e média renda, onde 10% dos pacientes hospitalizados correm risco de adquirir algum tipo de infecção durante o período de internação, comparado a 7% em países de alta renda. A OMS lembra que infecções hospitalares podem ser facilmente prevenidas por meio de melhorias na higiene, do controle de práticas hospitalares e do uso correto de antibióticos.
O relatório destaca também que um em cada dez pacientes apresenta algum tipo de ferimento durante atendimento médico prestado em países de alta renda. "Doenças associadas a cuidados de saúde de baixa qualidade impõem despesas adicionais às famílias e aos sistemas de saúde", reforçou a OMS.
Ainda de acordo com o documento, cerca de 15% dos gastos hospitalares em países de alta renda se devem a erros no atendimento ou a pacientes infectados enquanto recebem cuidados em unidades de saúde.