Folhapress
Em sua primeira manifestação no lançamento de seu novo partido, a ex-senadora Marina Silva disse neste sábado (15) que a ideia de criar uma nova legenda não é apenas para se colocar em uma eleição e criticou o "caciquismo" na política.
Marina prefere não rotular partido como direita ou esquerda. Foto: Agência Brasil
Ela disse que a rede, como é chamado o movimento, deve se colocar para quebrar a "lógica de partidos a serviço de pessoas'.
Marina disse que a nova sigla não será nem de direita, nem de esquerda, mas terá uma posição clara sobre temas e com alianças pontuais.
"O que está acontecendo aqui é um partido para questionar a si próprio, e tem que ser assim. Não pode ser partido para eleição. Não é o principal. Estamos em uma nova visão de mundo, de sujeito político que não é mais expectador da política, esse sujeito é protagonista", afirmou, sendo fortemente aplaudida.
Ela disse que a nova legenda está questionando a "incapacidade da política de interferir".
"Não tem conformação com o modelo anterior. É o questionamento das estruturas verticalizadas. Saímos de um ativismo dirigido pelo sindicato, pela ONG, pelo DCE, com a modernização do ativismo autoral. Você não tem estrutura na frente ou atrás das pessoas, você tem estruturas ao lado", disse. "Não tem liderança carismática que possa ser o grande líder, o messias, o condutor do grande grupo", completou.
Novo partido terá alianças pontuais
Sem anunciar o nome da nova legenda, Marina disse que a ideia é fazer alianças pontuais, mas sem se rotular como governo ou oposição. "Não é mais liderança única, é liderança multicêntrica, não é movimento de arco e flecha. Uma hora sou arco e outra sou flecha, só espero não ser o alvo."