Um investimento que tem pouca visibilidade e por esse motivo é negligenciado por muitos governos ganhou a condição de prioridade máxima em Itabuna. Trata-se do saneamento básico, área que exige bastante atenção em um município que possui sua capacidade de tratamento de esgotos completamente sobrecarregada, o que provoca sérios danos ambientais e afeta o Rio Cachoeira.
Resolver esse problema é tarefa que demanda muitos recursos (estima-se que mais de R$ 100 milhões sejam necessários) e um intenso planejamento. O atual governo municipal iniciou essa complexa tarefa com os estudos para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento, que estabelece um marco regulatório para a prestação dos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, drenagem e resíduos sólidos.
“O plano permite não apenas o controle da prestação dos serviços, mas também a definição de metas”, aponta o professor Anderson Alves, da Emasa, especialista em saneamento ambiental. Entre as metas estão transformar o lixão em aterro sanitário, organizar um sistema de coleta seletiva, universalizar a coleta e o tratamento de esgotos.
O déficit itabunense em termos de saneamento foi se configurando ao longo de décadas e só agora começa a ser visto na sua dimensão de crise ambiental, além de grave problema de saúde pública. O prefeito Capitão Azevedo costuma dizer que quando um bairro periférico recebe obras de saneamento, os moradores passam a viver com mais dignidade.
Esse efeito foi visto recentemente na Vila Vital Teixeira que, em função da falta de infraestrutura, era chamada de “Chiqueirinho”. A comunidade, às margens da rodovia Ilhéus – Itabuna, recebeu rede de esgoto e sistema de drenagem e foi pavimentada. “As crianças que viviam ali estavam vulneráveis a doenças, pois brincavam em cima do esgoto”, salienta o prefeito.
Além da Vila Vital, a Prefeitura implantou, somente no atual governo, um total de 14 mil quilômetros de redes de esgoto. Os investimentos contemplaram os bairros Santa Catarina, São Roque, Pedro Jerônimo, São Pedro, Maria Pinheiro, Daniel Gomes, Manoel Leão, Jorge Amado, Novo Horizonte e Monte Líbano.