Estudo aponta que piso necessário para sustentar uma família deveria ser cinco vezes maior que o valor oficial de 2026
Salário mínimo: valor subiu para 2026 | Cristiano Babibi/Getty Images
Exame.com

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nessa quarta-feira (24) o decreto que reajusta o salário mínimo para 2026, que será de R$ 1.621,00. O valor representa um reajuste de R$ 103,00 sobre os atuais R$ 1.518,00.
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O cálculo considera a inflação acumulada até novembro de 2025, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes — limitado a 2,5%, conforme determina o novo arcabouço fiscal aprovado em 2023.
Para 2026, será considerada a inflação de 4,4% em 12 meses até novembro de 2025 e um crescimento real de 2,5% no PIB de 2024, apesar de o índice ter alcançado 3,4%. A regra limita a correção real a fim de controlar o aumento das despesas obrigatórias do governo.
O salário mínimo é referência para 59,9 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O piso impacta diretamente contratos de trabalho, benefícios previdenciários, seguro-desemprego e programas como o BPC.
Mas qual seria o salário ideal?
O Dieese aponta que o salário mínimo necessário para manter uma família de quatro pessoas deveria ser cerca de R$ 7.067,18 em novembro de 2025 — aproximadamente 5 vezes o valor oficial R$ 1.518,00. Esse cálculo considera despesas essenciais como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme determina a Constituição.
Entre 2019 e 2022, o salário mínimo praticamente não teve aumento real, acompanhando apenas a inflação, segundo o Dieese. Isso reduziu o poder de compra dos trabalhadores, principalmente diante do aumento dos preços dos alimentos, que impactam diretamente o orçamento das famílias. Mais no sbtnews
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