João Pedro, ex companheiro de Fabiana, foi indiciado
Reprodução/TV Bahia

A Polícia Civil da Bahia concluiu o inquérito que apurou o desaparecimento de Fabiana Correia Cardoso, de 43 anos, ocorrido em setembro deste ano. Dois homens, ambos de 23 anos, foram indiciados pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. O caso foi encaminhado ao Tribunal do Júri. Via Correio 24hs
As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após familiares registrarem o desaparecimento da vítima no dia 15 de setembro. O último contato com Fabiana havia ocorrido no dia 11 daquele mês.
Um dos indiciados é o ex-companheiro da vítima, João Pedro Souza Silva, e o outro, primo dele, que não teve o nome revelado. As prisões temporárias foram cumpridas em 21 de outubro e 5 de novembro, e posteriormente convertidas em prisões preventivas, por decisão judicial de 18 de dezembro.
Fabiana mantinha uma sociedade comercial com o ex-companheiro, um dos investigados, vínculo que permaneceu mesmo após o fim do relacionamento.
O segundo indiciado, primo do ex-companheiro, passou a frequentar o estabelecimento semanas antes do crime
O crime
De acordo com a apuração, o crime ocorreu no interior de um estabelecimento comercial pertencente à vítima, no bairro de Periperi, em Salvador. Mesmo sem a localização do corpo, a materialidade do crime foi comprovada por meio de provas periciais e outros elementos técnicos reunidos durante a investigação.
Os homens relataram que a vítima foi derrubada no chão, esganada e, já semiconsciente, sofreu golpes no pescoço até a morte. Após o crime, o cadáver foi mantido em um freezer e, depois, colocado em um tonel azul. Houve tentativa de destruição do corpo com o uso de substâncias corrosivas e inflamáveis.
No dia 13 de setembro, o tonel foi transportado para um imóvel onde funcionava uma hamburgueria pertencente ao ex-companheiro da vítima, no bairro de Mussurunga, onde os restos mortais foram queimados por horas. Os resíduos remanescentes foram descartados em um container público no dia 14.
Para o delegado André Carneiro, a ausência do corpo não impede a responsabilização penal quando há provas. “Mesmo diante da tentativa deliberada de destruição de vestígios, as provas técnicas reunidas demonstram de forma inequívoca a ocorrência do homicídio e as ações posteriores voltadas à ocultação do cadáver”, afirmou.
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