"Porque o juiz e o procurador do MPF não remeteram os autos ao STF ao invés de prender o ex-ministro?", questionou o senador
Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil
Após o vazamento do áudio de uma ligação telefônica onde o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, diz que foi informado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a operação da Polícia Federal que resultou em sua prisão, o senador Flávio Bolsonaro (PL) criticou que o inquérito não tenha sido enviado imediatamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) por mencionar o titular do Palácio do Planalto, com foro privilegiado.
“Então havia gravação do ex-Ministro falando que ‘ele’ achava que poderia ter busca e apreensão? Se ‘ele’ era Bolsonaro, porque o juiz e o procurador do Ministério Público Federal não remeteram os autos ao Supremo Tribunal Federal ao invés de prender o ex-ministro. Tá cheirando a ‘sacanagem’, além de crime, claro”, escreveu Flávio, nesta sexta-feira (24), no Twitter.
O indício de vazamento foi encontrado nas interceptações telefônicas do ex-ministro e apontado pela Polícia Federal. A informação foi antecipada pelo site “Metrópoles” e confirmada pelo GLOBO. Em uma conversa com sua filha realizada no dia 9 de junho, Ribeiro relata uma conversa telefônica com Bolsonaro e cita que o presidente achava que fariam uma busca e apreensão contra seu ex-ministro.
“A única coisa meio… hoje o presidente me ligou… ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? É que eu tenho mandado versículos pra ele, né?[…] Não! Não é isso… ele acha que vão fazer uma busca e apreensão… em casa… sabe… é… é muito triste. Bom! Isso pode acontecer, né? Se houver indícios né”, disse Ribeiro na ligação.
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