A prisão do ex-ministro Milton Ribeiro por suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção na pasta abalou um dos pilares do discurso eleitoral de Bolsonaro
Foto: Carolina Antunes/PR
No centro da recente crise instalada no Palácio do Planalto, o Ministério da Educação (MEC) se converteu em uma pedra no sapato do presidente Jair Bolsonaro. Os rumos erráticos da pasta ou a postura dos ministros que comandaram o órgão geraram frequentes desgastes para Bolsonaro tanto perante a opinião pública como também no seu relacionamento com os demais Poderes da República. Os escândalos que permeiam a pasta, que tem um dos maiores orçamentos da Esplanada, podem gerar ônus eleitoral ao presidente no pleito deste ano. A reportagem é do jornal “O Globo”.
Outros governos tinham como focos de escândalos áreas como saúde e transportes. Obras de ferrovias e rodovias, por exemplo, foram alvo de diversas investigações de desvios de recursos bilionários e chegaram a resultar em queda de ministros. Sob Bolsonaro, o epicentro mais frequente das crises passou a ser a pasta da Educação.
A prisão do ex-ministro Milton Ribeiro por suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção na pasta abalou um dos pilares do discurso eleitoral de Bolsonaro, de que não havia casos de desvios de recursos durante sua gestão envolvendo membros do primeiro escalão. Mais ainda: colocou o presidente diretamente na mira das investigações, depois que Ribeiro narrou, em um telefonema interceptado pela PF, que Bolsonaro havia lhe dito que tinha um “pressentimento” de que seu ex-ministro poderia ser alvo de busca e apreensão.
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