Foto: Reprodução
O pastor Gilmar Santos, acusado de usar sua influência para conseguir repasses de recursos do Ministério da Educação (MEC) para prefeitos ao redor do Brasil, iniciou trâmites para criar uma faculdade há duas semanas. As informações são do jornal O Globo.
Segundo a publicação, a "Faculdade ITCT" foi aberta no dia 8 de março na Junta Comercial de Goiás e, segundo o contrato social, Gilmar Santos investiu R$ 100 mil na criação do seu novo negócio.
Ele é líder nacional da Igreja Assembleia de Deus e é citado como figura central no suposto "gabinete paralelo" formado por evangélicos dentro do Ministério da Educação, que são decisivos para liberação de verbas da pasta.
O pastor tinha acesso ao Palácio do Planalto e se reuniu quatro vezes com o presidente Jair Bolsonaro (PL), responsável por recomendar o religioso ao ministro da Educação, Milton Ribeiro.
Na noite de quarta-feira (23), o pastor negou qualquer poder sobre os órgãos técnicos do Ministério da Educação, bem como em relação ao ministro Milton Ribeiro. Ele negou ter atuado dentro da pasta.
Nas redes sociais, Gilmar se apresenta como diretor da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil e do ITCT, sigla para "Instituto Teológico Cristo para Todos". Na página da entidade, a primeira publicação é de junho de 2021. Ainda conforme a publicação, há registro de que duas turmas já teriam sido abertas para o "Curso Básico em Teologia" e o instituto diz que é uma "reconhecida instituição teológica com tradição na formação de líderes". A inscrição nos cursos seria feita pelo site oficial do pastor.
No seu site oficial, o pastor diz que o curso é direcionado a obreiros, líderes e outras pessoas. Além dele, outros quatro religiosos são apresentados como professores e prometem apresentar conceitos, métodos, princípios e orientações básicas sobre o estudo da Bíblia. Os temas vão desde a origem das escrituras até história de Israel e a interpretação e pregação bíblica.
É preciso registro no MEC para que instituições de educação superior funcionem. Entre as informações exigidas, estão a formação e o currículo dos professores, além de regras sobre o espaço físico das unidades educacionais.
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