O estudo inédito está sendo realizado em Uberlândia, Contagem, Itabirito, Ipatinga e Nova Lima. Das 506 mães testadas, a maioria passou anticorpos aos filhos
Fonte: Estado de Minas**Foto: CB/DA Press
A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificou 68 bebês que nasceram com anticorpos para a COVID-19. As pesquisas mostram que a maioria das mães que se infectaram pelo Sars-Cov-2, durante a gestação, passou os anticorpos para os bebês por meio de transferência placentária.
Inédito, o estudo aplica o teste do pezinho e testagem das mães para identificar a infecção. Até o momento foram testadas 506 mães e bebês e a meta é testar 4 mil mães. Os pesquisadores pretendem investigar quanto tempo a imunidade adquirida pelo bebê durará.
Os casos positivos serão acompanhados por dois anos, período em que se observará se a infecção durante a gestação trouxe consequências para o desenvolvimento das crianças. Um grupo de controle, com mães e bebês com resultados negativos, também será acompanhado.
As mães testadas são de Uberlândia, Contagem, Itabirito, Ipatinga e Nova Lima. Os critérios para a escolha dos municípios foram a taxa de prevalência de COVID-19, o número de nascimentos por mês e a existência de rede de apoio para eventual necessidade de reabilitação das crianças com alterações nos testes de neurodesenvolvimento.
O teste do pezinho é realizado em Minas Gerais pelo Nupad, órgão complementar da Faculdade de Medicina da UFMG. A mesma gota de sangue no papel filtro coletada para a triagem neonatal é utilizada na pesquisa. Dessa forma, os bebês não passam por nenhum procedimento diferente do habitual.
A novidade é a testagem das mães, via punção digital (como é feito o exame de glicose, por exemplo), que são convidadas a participar do estudo nos postos de saúde, no momento do teste do pezinho de seus filhos.
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