Após notificarem o INEP/MEC e não obterem resposta clara, entidades estudantis acionam a justiça para exigir os espelhos da redação do Enem 2021
Na última segunda, 5 de abril, a União Brasileira dos Estudantes (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) notificaram o Ministério da Educação solicitando esclarecimentos sobre os resultados das redações do Enem. Nesta terça, 6 de abril, o MEC divulgou um parecer no qual explica que as notas das redações foram atribuídas aos respectivos autores de forma correta. Porém, o órgão ainda não apontou com transparência os critérios utilizados para a correção.
Após a emissão desse parecer pelo MEC, as entidades entraram com ação na Vara Federal de Brasília reivindicando a divulgação dos espelhos das redações e a extensão do prazo de inscrições para o SISU enquanto essa liberação não aconteça.
Nessa ação, as entidades relatam uma divergência de informações que vem intrigando os candidatos. De acordo com o INEP, do total de 2.723.583 redações corrigidas, apenas 28 conseguiram a nota máxima na redação. Além disso, esse dado representa uma queda de 43% em relação a 2019, quando 53 pessoas atingiram a marca. Em 2018, foram 55.
“Além do possível equívoco na correção das redações dos candidatos, outra hipótese aventada para justificar a diferença entre as notas é a alteração no padrão de correção, uma vez que, nesse ano, o tempo para correção das redações foi menor do que em outras edições”, cita a ação da justiça.
A UBES e a UNE exigem uma posição do governo com total transparência em relação à correção das redações. As entidades entendem que as notas do Enem são fundamentais para o futuro do estudante brasileiro, principalmente dos mais vulneráveis economicamente.
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