por Rubens Valente / Folhapress
Vinculada ao Ministério da Saúde, a principal unidade de saúde em Brasília destinada a acolher e acompanhar indígenas que passam por tratamento de saúde, incluindo crianças com câncer, e seus familiares vive um caos após ficar sem dinheiro para alimentação e pagamento de salários de funcionários desde a chegada do novo ministro, Luiz Mandetta (DEM-MS).
Sem outra alternativa, o abrigo começou a devolver parentes e indígenas para suas aldeias e procurar vagas em outras unidades de saúde.
O órgão só não parou de funcionar porque os funcionários continuam trabalhando e a empresa fornecedora de alimentos continua enviando os produtos à casa mesmo sem receber seus pagamentos em dia.
Mandetta tem dito desde janeiro que pretende mudar o sistema de saúde indígena e levanta suspeitas sobre os gastos no setor. Uma das propostas do governo federal é deixar o atendimento de saúde a essa população à cargo dos municípios e dos estados, deixando à União apenas lugares mais remotos.
Segundo entidades indígenas e indigenistas, mais de 13 mil funcionários que atendem indígenas em todo o país estão com seus pagamentos atrasados.
"Temos pacientes que estão correndo risco de morte. A comida vai acabar a qualquer hora. Temos crianças que passam por tratamento oncológico e não podem sair de Brasília. Agora estamos removendo os pacientes e familiares, devolvendo para aldeias e tentando achar outros hospitais", disse Yssô Truká, que é presidente do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena) de Pernambuco e membro da comissão organizadora da 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, a ser realizada em maio. LEIA TUDO AQUI
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