A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou uma aeronave que carregava 500 kg de cocaína. O bimotor tinha saído da Bolívia e foi forçado a pousar em uma estrada próxima à cidade de Tangará da Serra, em Mato Grosso, na segunda-feira (5). A droga foi apreendida pela Polícia Federal (PF), mas o piloto conseguiu fugir.
A aeronave, de prefixo PR-EBF, estava sem plano de voo. Segundo a FAB, o bimotor é o mesmo que, há um ano, em 25 de março, foi interceptado pela Aeronáutica. Daquela vez, a PF estava longe do local e o piloto acabou preso pela Polícia Militar (PM) por estar com habilitação vencida. Na ocasião, porém, a polícia não encontrou drogas no avião.
A suspeita é de que foi retirada antes da chegada dos agentes de segurança. Desta vez, em uma operação conjunta que estava sendo realizada, o helicóptero da PF já estava em voo e chegou a tempo de impedir a retirada da droga, mas não a tempo de prendê-los. Três aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano da FAB e um avião radar E-99 foram usados para monitorar e interceptar o avião proveniente da Bolívia.
O avião foi interceptado e os militares mandaram que eles mudassem a rota e pousassem em Cuiabá. Mas o piloto não obedeceu e jogou o bimotor perto da estrada. As aeronaves da FAB faziam parte da operação Ostium, que reforça a vigilância no espaço aéreo nas fronteiras. Em 2017, o piloto do PR-EBF foi preso pela PM, após fazer pouso forçado na pista de uma empresa no setor industrial em Campos de Júlio, a 692 km de Cuiabá.
Ele estava com a licença para voar irregular e tinha mandado de prisão em aberto por roubo. A polícia suspeitava ainda que o bimotor estava sendo usado para o tráfico porque foram achadas lonas de proteção de drogas. Apesar de o piloto ter sido detido, o bimotor, posteriormente, foi liberado por estar em situação regular. Um GPS foi achado mostrando várias coordenadas de voos em locais onde há forte ação de traficantes. Foto:FAB/PF
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