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quinta-feira, 29 de março de 2018

Deputado que mais desmatou, filho de Kátia Abreu legisla a favor de empresários rurais

Ana Magalhães--Da Repórter Brasil**Reprodução/Instagram
Filho da senadora Kátia Abreu, o deputado Irajá Abreu elaborou projeto de lei que acaba com o licenciamento ambiental e que beneficia os negócios da família

O legado que a senadora Kátia Abreu tem deixado a seu filho mais velho, Irajá Silvestre Filho (PSD-TO), não é apenas financeiro e político.

Atualmente sem partido, a ex-ministra da Agricultura do governo Dilma Rousseff (PT) foi eleita "Miss Desmatamento" pelo Greenpeace, em 2009. Irajá Abreu, deputado federal hoje em seu segundo mandato, é o campeão de desmatamento na Câmara.

Cruzamento de dados feito pelo Ruralômetro --ferramenta desenvolvida pela Repórter Brasil que avalia se a atuação dos deputados federais é prejudicial ao meio ambiente, povos indígenas e trabalhadores rurais--, com base em informações do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), mostra que dos 513 deputados federais eleitos em 2014, cinco foram autuados e multados por infrações ambientais.

Apesar de não ter recebido a maior multa, Irajá foi o que destruiu a maior área. Ele contesta isso na Justiça (leia mais abaixo). 

Em 2010, quando ainda era pré-candidato, ele foi autuado pelo Ibama por desmatar vegetação de preservação permanente, sem permissão ou licença ambiental, em área equivalente a 75 campos de futebol. O crime ambiental aconteceu na Fazenda Aliança, que Irajá herdou da mãe e onde se dedica ao cultivo eucalipto, no interior de Tocantins.

A multa aplicada foi de R$ 120 mil. A destruição da vegetação foi feita para abrir terreno para novas plantações de eucalipto, de acordo com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) do Tocantins.

Eleito deputado, Irajá tomou providências como parlamentar que atendiam de modo explícito aos seus problemas como empresário. Ele nega ter se beneficiado das propostas (leia mais abaixo).

Logo ao tomar posse como deputado federal, em 2011, elaborou um projeto de lei que garantiria facilidades às atividades da Fazenda Aliança e de todos os empresários rurais que praticam crimes ambientais. O Projeto de Lei 2.163/2011, de sua autoria, propõe o fim dos estudos de impacto e do licenciamento ambiental para empreendimentos agropecuários, florestais ou relacionados ao reflorestamento.  Leia mais em: https://noticias.bol.uol.com.br

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