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sexta-feira, 30 de março de 2018

Velejadores brasileiros são condenados em Cabo Verde por tráfico internacional de drogas

Foto: Reprodução/ Facebook
A Justiça de Cabo Verde condenou três velejadores brasileiros por tráfico internacional de drogas. Os acusados foram condenados a 10 anos de prisão e expulsão do país após cumprimento da pena, com proibição de retorno por um período de cinco anos. A sentença foi anunciada na manhã desta quinta-feira (29), no tribunal da cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente, pelo juiz do Tribunal de São Vicente, Antero Tavares. O julgamento foi iniciado no dia 12 de março, quando os velejadores foram ouvidos. Foram condenados Rodrigo Dantas e outro velejador baiano, Daniel Dantas, além do gaúcho Daniel Guerra e o capitão da embarcação, de naturalidade francesa, Olivier Thomas. De acordo com o Sapo Notícias, durante o julgamento, o Ministério Público pediu a condenação dos quatro estrangeiros, por considerar que são os únicos que podem dizer quando, como e com que ajuda foram introduzidos 1.157 quilos de droga no barco, avaliado em cerca de 82 milhões de euros. Os velejadores e o capitão foram condenados por terem levado cocaína no veleiro que pilotavam com destino à Ilha de Açores, em Portugal. Essa foi a maior quantidade apreendida na ilha de São Vicente, depois dos 521 quilos no caso Pérola Negra, em novembro de 2014, numas das praias da ilha. O inquérito da Polícia Federal brasileira foi desconsiderado pela Justiça. Os advogados dos velejadores vão recorrer da decisão e pedir o cancelamento do julgamento. Os familiares dos condenados afirmam que eles não sabiam que a droga estava no barco e dizem que eles são inocentes. As famílias argumentam que eles foram vítimas de uma emboscada e a droga foi colocada no barco sem que eles soubessem. Os velejadores teriam sido atraídos para a viagem a partir de um anúncio de emprego na internet para compor a tripulação do veleiro que tinha acabado de ser reformado em um estaleiro em Salvador. Rodrigo e outro velejador baiano, Daniel Dantas, foram contratados pela empresa internacional de recrutamento de mão-de-obra, a Yatch Delivery Company, com sede na Holanda. Em Natal, o gaúcho Daniel Guerra se juntou à equipe. Antes de sair do Brasil em agosto, o veleiro passou por inspeções da Polícia Federal em Salvador e em Natal. O barco foi liberado sem que nenhuma irregularidade fosse encontrada, mas na Ilha de Mindelo, em Cabo Verde, na África, o veleiro foi mais uma vez inspecionado e mais de uma tonelada de cocaína foi encontrada escondida em um piso de concreto e cimento na embarcação. O barco pertence ao inglês Geoge Fox, que só foi apresentado à tripulação na véspera da viagem. Rodrigo ficou quatro meses em liberdade condicional em Cabo Verde, mas foi preso em dezembro do ano passado.

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