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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

PSB do Senado dispara críticas contra novo pacote do ajuste

O Senador Fernando Bezerra Coelho (Foto: Antonio Cruz/ABr)
Cada vez mais distante do governo, a bancada do PSB do Senado disparou mais uma saraivada de críticas ao governo Dilma. Os senadores prepararam uma nota questionando as novas medidas de ajuste fiscal anunciadas ontem pelo Palácio do Planalto. No documento, os sete senadores socialistas dizem que a presidente Dilma Rousseff "apenas corre atrás do prejuízo" ao tentar "recompor o Orçamento para 2016".

Os parlamentares também criticam a ausência de propostas como a taxação de grandes fortunas e a "pouca relevância (dada) aos aspectos inflacionários e recessivos do aumento da carga tributária em moldes regressivos." 

Apesar da saraivada de críticas, os parlamentares consideram que a posição adotada é "melhor do que a letargia anterior, que paralisava o governo". 

NOTA DA BANCADA DO PSB NO SENADO FEDERAL SOBRE AS MEDIDAS DE AJUSTE ANUNCIADAS PELO GOVERNO

A bancada do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Senado Federal, reunida nesta terça-feira (15/09), para analisar as novas medidas de ajuste, anunciadas pelos ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento, considera que o governo apenas corre atrás do prejuízo ao tentar, com atraso, recompor o Orçamento para 2016, enviado ao Congresso Nacional, com uma previsão de um déficit de R$ 30 bilhões. Infere-se uma intenção também tardia de acalmar os mercados após o rebaixamento da nota do Brasil.

Considera que seria mais correto anunciar, imediatamente, os cortes nas despesas do governo e a reforma administrativa, antes mesmo de propor novos sacrificios para a sociedade.

E, o que é pior, o faz com medidas que frustram as expectativas de uma abordagem mais macroeconômica da crise que estamos enfrentando.

Considera lamentavel a omissão de qualquer medida de taxação de grandes fortunas ou que torne mais eficiente a cobrança dos débitos bilionários de grandes sonegadores, assim como parece dar pouca relevância aos aspectos inflacionários e recessivos do aumento da carga tributária em moldes regressivos.

A bancada socialista no Senado Federal, apesar de considerar que essa posição, agora anunciada, é melhor que a letargia anterior, que paralisava o governo, após consultas aos governadores do Partido, e levando em conta os interesses nacionais, vai analisar o impacto dessas medidas nos Estados, ao mesmo tempo em que reafirma sua dificuldade política em apoiar medidas que retirem direitos já adquiridos dos trabalhadores, como, por exemplo, o congelamento de reajustes salariais. epoca.globo

Brasília, 15 de setembro de 2015

Senador João Capiberibe (AP), líder da bancada
Senador Antonio Carlos Valadares (SE)
Senador Fernando Bezerra Coelho (PE)
Senadora Lídice da Mata (BA)
Senadora Lúcia Vania (GO)
Senador Roberto Rocha (MA)
Romário (RJ)

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