por: Anacley Souza
Um grupo de pesquisadores da University College London decidiu estudar o impacto que a parentalidade pode ter no bem-estar mental dos filhos a longo prazo. O estudo, publicado no Journal of Positive Psychology, seguiu a evolução de um grupo de mais de cinco mil pessoas desde o seu nascimento em 1946 até aos 64 anos. As conclusões sublinham que os pais controladores podem estar prejudicando e muito a saúde e o bem-estar mental dos seus filhos e que este trauma é tão mau como perder um ente querido, reporta o Daily Mail. O principal autor do estudo, Dr. Mai Stafford, explica que o “controle psicológico foi significativamente associado a uma baixa satisfação com a vida e bem-estar mental”. E acrescenta: “descobrimos que as pessoas cujos pais se mostraram amigáveis e receptivos sentiam-se mais satisfeitos com a vida e tinham uma saúde mental durante todas as fases da vida”. O Dr. Stafford explica que “se a criança partilhar um laço emocional saudável com os seus pais, serão mais capazes de desenvolver laços emocionais saudáveis na vida adulta” os pais “dão-nos ainda uma base estável a partir da qual exploramos o mundo”. Mas, enquanto amizade e a receptividade se mostraram promovendo o desenvolvimento social e emocional, “o controle psicológico pode limitar a independência da criança e deixá-la menos capaz de regular o seu próprio comportamento”. O especialista sublinha, citado pelo Daily Mail, que é essencial “promover um equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida” pois os pais precisam de tempo para cultivar relações com os seus filhos.
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