Sem farda, viatura e cassetete, os guardas municipais da cidade de Itaquara, no Vale do Jiquiriçá, reclamaram das más condições de trabalho na primeira reunião para criação do Conselho Comunitário de Segurança Pública, realizada na Câmara de Vereadores na manhã desta segunda-feira (14). Segundo o site do Binho Locutor, a prefeita da cidade, Iracema Araújo (PMDB), compôs o grupo de trabalho ao lado do representante da Casa Legislativa, o comandante da Polícia Militar (PM) de Jaguaquara, além de gerentes das agências bancárias presentes na cidade. Gutemberg Almeida, chefe do grupamento composto por apenas oito homens, disse ao Bahia Notícias que o evento terminou sem nenhuma definição.
O guarda relatou que os agentes não recebem gratificações ou benefícios por periculosidade na atividade, nem mesmo adicional noturno. A falta de um cassetete obriga que os servidores tenham de “resolver no braço” as ocorrências. A única identificação dos concursados é um colete, nada mais. Na madrugada desta segunda (14), que antecedeu o evento, a equipe que estava de serviço foi abordada por uma guarnição da Caatinga, tropa de ação especializada da PM, que, por procedimento habitual, revistou os guardas municipais. A situação foi considerada pelo chefe como compreensível, já que “eles exerceram a abordagem de forma respeitosa, mas uma vergonha pelos guardas não terem um fardamento para se apresentarem e evitarem o constrangimento”.
Na oportunidade, um guarda municipal de Salvador, que visitava os colegas de Itaquara e realizou uma palestra na reunião, também foi abordado mas dispunha, inclusive, de porte de arma, já que parte do grupamento soteropolitano tem autorização para o uso de revólveres. Gutemberg destacou que os 8 agentes se revezam em turnos de 24 horas e que o ideal seriam 12. Embora nenhuma medida tenha sido anunciada pela gestora da cidade, um novo evento será marcado para que o conselho seja, enfim, criado. Foto/Fonte:Binho Locutor
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