por Idiana Tomazelli e Mariana Sallowicz | Estadão Conteúdo*Foto: Agência Brasil
O comércio e os serviços são os setores que mais empregam no Brasil e adiaram por um bom tempo o ajuste no pessoal ocupado. Mas nem eles suportaram a pressão da inflação elevada, do aumento dos juros e, principalmente, da queda na renda das famílias. Com a recuperação ainda distante, os dois segmentos caminham para ter, neste ano, o primeiro corte de vagas formais após mais de uma década sustentando o crescimento do mercado de trabalho do país. Só o comércio vai fechar quase 181,3 mil postos com carteira assinada, prevê o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade leva em conta a evolução do varejo ampliado (que inclui veículos e materiais de construção) e do atacado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nos serviços, as demissões de trabalhadores formais devem totalizar 106 mil. Nos dados do IBGE, que incluem empregos com e sem carteira assinada, os dois setores cortaram 62 mil vagas em julho na comparação com igual período de 2014, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, que investiga as seis principais regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Salvador). Um mês antes, as demissões haviam atingido mais de 208 mil no mesmo tipo de comparação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário