Por Suzana Inhesta | Estadão Conteúdo
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), reforçou sua opinião sobre as discussões polêmicas sobre a PEC 4330 que regulamenta a terceirização, já aprovada na Câmara. "Parte dos sindicatos está a favor da lei, como a Força Sindical, cujo ato fui ontem. Os que são contra são os que querem manter a contribuição sindical. A briga é por dinheiro e aí essas pessoas estão politizando o assunto", declarou, em conversa com jornalistas da ExpoZebu 2015.
Segundo ele, a terceirização como está é a que precariza o trabalho. "Temos que ter uma regulamentação correta, justa. O projeto de lei que aprovamos é a que mantém os direitos e obrigações trabalhistas", disse. Ele reiterou sua opinião sobre a sinalização de que a presidente Dilma Rousseff (PT) é contra a lei. "Ela tem que ter cautela, não pode só levar em conta a pauta do PT, até porque o PT não tem número para aprovar pauta sozinho no Congresso. Ela tem que considerar todos os partidos", declarou.
Cunha, na palestra com pecuaristas, fornecedores e autoridades, comentou que a discussão atual sobre divisão do País em classes é retórica e não ajuda a sociedade. "Não existe trabalho sem capital e nem capital sem trabalho. Temos que integrar", declarou, admitindo que já recebeu "umas 50 ameaças de morte pelo Facebook e Twitter", onde a discussão está mais acalorada.
Sobre as conversas que o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) teria com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cunha comentou que é normal. "É um comportamento de político. Nós sentamos para conversar com todos, para discutir, para consentir", afirmou.
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