por Lisandra Praguassu | Estadão Conteúdo*Foto: Reprodução
No último fim de semana, quatro pessoas foram assassinadas em Simões Filho, cidade de pouco mais de 100 mil habitantes na região metropolitana de Salvador. A cidade é uma das recordistas do Mapa de Violência 2015, e possui uma taxa de mortalidade por arma de fogo acima de 100 por 100 mil habitantes, o que equivale a zonas de guerra. É o mesmo caso de Ananindeua (PA), perto da capital, Belém, onde uma jovem de 19 anos foi encontrada morta em casa e a polícia ainda investiga o assassinato de outras sete pessoas no mesmo dia, ocorridos no final de abril. Em 2012, o levantamento já apontava Simões Filho como a cidade com a maior taxa de homicídios do país. O estudo sobre violência mostra que as zonas metropolitanas das capitais, sem as mesmas condições de manter os aparatos de segurança das vizinhas mais ricas, estão herdando crimes e mortes. Dentre as 20 cidades com maiores taxas de assassinatos por armas de fogo, 14 estão em zonas metropolitanas e uma é a própria capital, Maceió. Dessas, apenas duas não estão no Norte ou Nordeste: Serra (ES) e Campina Grande do Sul (PR). De acordo com Julio Jacobo, autor do estudo, a violência migrou para centros menores, onde a estrutura de segurança e social é menor. "Onde aparecem novos atrativos aparece a criminalidade, mas não o Estado para enfrentá-la. Esses municípios enfrentam uma onda de crime organizado totalmente desaparelhados." Cinco capitais estão entre as cem com maiores taxas: Maceió (AL), João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Vitória (ES) e Recife (PE). BN
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