Ao analisar documentos na tentativa de encontrar novas provas que possibilitem a reabertura do inquérito que investigou a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, o advogado que representa a família, Marlon Taborda, encontrou comprovantes de que R$ 55 mil em dinheiro foram sacados na boca do caixa, dias antes do suicídio. G1
Os valores foram divididos em três saques de R$ 15 mil e um de R$ 10 mil. A retirada foi feita da conta da clínica da qual ela era sócia com o então marido Leandro Boldrini, pai de Bernardo. Os saques ocorreram no dia 8 de fevereiro de 2010, dois dias antes da morte de Odilaine.
As investigações apontaram que ela teria cometido suicídio em frente ao marido no dia 10 de fevereiro de 2010 e o caso foi arquivado por conta das conclusões de que ela teria se matado. No entanto a família de Odilaine nunca se convenceu dessa versão e desde então busca evidências que possam levar a uma reabertura do caso. Já procurou ajuda de perícias e encontrou cartas que comprovariam a participação de Leandro Boldrini na morte da ex-mulher.
Depois de encontrar as novas provas, o advogado da família comunicou as autoridades policiais e pretende ainda pedir a reabertura do inquérito por via judicial. “Esse é um fato novo, da época, que possibilitaria a reabertura da investigação”, afirmou, dizendo que a apuração deve descobrir “quem fez esses saques, porque o fez na boca do caixa e para que fim”.
Odilaine e Boldrini são pais do menino Bernardo, morto no ano passado por meio de uma injeção letal. O pai, a madrasta, Graciele Ugulini, além dos irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz estão presos pelo crime e aguardam julgamento. Eles serão ouvidos pela Justiça como réus no final desta semana.
O menino desapareceu no dia 4 de abril do ano passado, em Três passou, a cerca de 500 quilômetros de Porto Alegre. Se corpo foi encontrado 10 dias depois dentro de uma cova rasa na cidade de Frederico Westphalen. Edelvânia, amiga da madrasta, admitiu o crime e apontou o local onde o corpo foi enterrado, seu irmão teria ajudado. Graciele teria sido a responsável pela compra e aplicação do medicamento que teria tirado a consciência da criança, na época com 11 anos. G1
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