Estadão - Fornecido por Estadão Na comparação com março, a inadimplência em abril apresentou crescimento de 2,83%
O número de consumidores inadimplentes aumentou 5,02% no mês de abril de 2015 em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a alta foi maior do que a registrada em março, quando o número de consumidores com contas em atraso havia subido 3,46% na comparação anual.
A deterioração da economia neste ano foi decisiva para uma alta expressiva nos indicadores de inadimplência em abril, segundo os dois órgãos.Em abril no ano passado, a elevação sobre o mesmo mês do ano anterior havia sido de 4,51%. Na comparação com março deste ano, a inadimplência em abril apresentou crescimento de 2,83%. No mês passado, havia cerca de 55,3 milhões de consumidores negativados - com o nome inscrito no SPC - o equivalente a 37,9% da população economicamente ativa entre 18 e 95 anos.
De acordo com a economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Marcela Kawauti, nem mesmo a restrição ao crédito, com redução do estoque disponibilizado ao consumidor e aumento das exigência de garantias dos bancos, conseguiu conter a alta. "A economia mais fraca tem se sobreposto ao efeito da redução do crédito. O consumidor tem menos dívidas a pagar, mas o risco é mais alto", desse.
Para a economista do SPC, o crescimento das dívidas em atraso neste mês ainda deve ser mais forte que o padrão dos anos anteriores. Ela espera que a situação melhore até o fim do ano, após a conclusão do ajuste fiscal, levando a uma menor taxa de inadimplência em 2016.
Segundo Pinheiro, para o dia das mães, no último final de semana, que é considerado o melhor momento de vendas do varejo no primeiro semestre, o setor já esperava um resultado negativo, mas as vendas foram ainda piores. "Fomos surpreendidos", disse.
Ainda segundo a entidade, o segmento que mais contribuiu para a inadimplência foi o da comunicação, com um aumento de 12,10% no total de dívidas no mês passado. Os bancos, com crescimento de 7,53%, ficaram na segunda posição entre os que mais cresceram, mas ainda são os responsáveis pela maior fatia das dívidas em atraso, com 48,43% de participação.
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