Foto: Carol Colton lab/Universidade Duke
Cientistas usaram uma droga que está sendo testada contra o câncer em roedores com Alzheimer e o resultado surpreendeu.
Eles conseguiram reverter o Alzheimer, doença que é neurodegenerativa e afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
O trabalho foi feito na Universidade de Duke (EUA) e publicado na semana passada no periódico científico "Journal of Neuroscience".
O remédio
Injetando um bloqueador da atividade da arginase (DFMO) no modelo animal, como tratamento preventivo, fez com que houvesse um retardo no início dos sinais e com que os animais tivessem um desempenho melhor em testes de memória.
O DFMO está sendo usado em estudos clínicos contra o câncer de colo e de bexiga, por exemplo.
A pesquisa
Foram usados no estudo camundongos manipulados geneticamente para terem Alzheimer, com características semelhantes aos humanos: alterações comportamentais, perdas de neurônios e placas neuríticas –causadas pelo acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro.
A ideia era observar esses camundongos e acompanhar o desenvolvimento da doença.
A descoberta
O grande achado do estudo é que o mal de Alzheimer pode ter como uma de suas causas uma falha no funcionamento de células imunológicas.
Quando os cientistas viram o perfil genético de uma célula imunológica presente no cérebro, a microglia, viram que ela estava suprimida.
Na foto acima as células imunológicas ficam ativas (em preto) e consomem o nutriente arginina.
Segundo Matthew Kan, principal autor do estudo, esse resultado não era exatamente o que se esperava.
Os cientistas imaginavam que seria uma atividade exacerbada do sistema imunológico a candidata a promover o aparecimento da doença.
Eles também viram um aumento anormal nos níveis da enzima arginase nas mesmas regiões do cérebro onde neurônios estavam morrendo. Com informações da Folha
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