O governo reagiu rápido a um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff devido às "pedaladas fiscais", que são atrasos de repasses do Tesouro para os bancos públicos. O Palácio do Planalto decidiu subir o tom contra os tucanos no duelo político.
Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, foram destacados para fazer a disputa política sobre o assunto. Eles afirmaram que a oposição tem atitude golpista e não aceita o resultado da eleição presidencial.
Contrariando o entendimento do TCU (Tribunal de Contas da União), o governo entende que esse tipo de operação fiscal seria regular e acontece desde o governo Fernando Henrique Cardoso. O PSDB tentaria levar adiante um pedido de impeachment sem fundamento para isso.
Já os tucanos ligados ao senador Aécio Neves avaliam que encontraram um motivo jurídico para dar base à abertura de um processo de impeachment de Dilma. Eles argumentam que houve infração à Lei de Responsabilidade Fiscal e que isso seria um crime de responsabilidade que poderia ser atribuído à presidente.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), diz que, se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, recusar a abrir um processo de impedimento, o partido poderia recorrer ao plenário da Câmara. "Na minha opinião, é 'game over' (jogo encerrado) para ela [Dilma]."
Já a Dilma tentou hastear a bandeira branca em um jantar no Palácio da Alvorada com o presidente da Câmara.
Eduardo Cunha diz que foi um encontro "só social", com conversa amena. Mas os dois falaram de temas importantes, como o projeto que amplia a terceirização e o ajuste fiscal.
Dilma tem sofrido derrotas políticas na Câmara por ação de Cunha. Para a presidente da República, interessa ter boa relação com o presidente da Câmara, que é a autoridade no Congresso que pode aceitar ou recusar um eventual pedido de abertura de processo impeachment feito pelo PSDB. Fonte: Blog do Kennedy
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