Ricardo Noblat
É tal a fragilidade da presidente Dilma Rousseff que, na hora em que arrocha os gastos da União, ela sanciona um Orçamento Geral sem vetar no todo ou em parte a proposta que triplicou os recursos destinados ao Fundo Partidário, uma das principais fontes de financiamento dos partidos.
No projeto original, o governo destinara ao Fundo R$ 289,5 milhões. Mas aí o valor foi elevado para R$ 867,5 milhões pelo relator do Orçamento no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Dilma bem que gostaria de ter vetado o aumento – mas cadê força política para isso?
Ela precisa da boa vontade da maioria dos partidos para aprovar o ajuste fiscal do seu ministro da Fazenda Joaquim Levy. E também para que não caiam na tentação de aproveitar sua popularidade em baixa para apresentar uma sugestão de impeachment.
A descoberta da roubalheira na Petrobras ameaça deixar os partidos sem dinheiro – ou com pouco – para enfrentar as eleições municipais do próximo ano. As empreiteiras envolvidas na corrupção sempre foram as campeãs em doações aos partidos. Várias delas, agora, estão quebradas.
A Dilma só resta – não se sabe até quando – fazer as vontades dos partidos que ela sempre desprezou. É no que dá ser rejeitada por pouco mais de 60% dos brasileiros.
Nota TN: E nós brasileiros, ficamos com a cara mexendo e o governo só aumentando os impostos para dar este tipo de castigo para o povo (nós), e boa vida para os parasitas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário